QUARESMA
O tempo favorável!

O termo quaresma representa para nós cristãos, os 40 dias de jejum e penitência que precedem à festa da Páscoa, que se inicia na quarta-feira de cinzas e vai até o domingo de ramos, tempo em que a igreja utiliza a cor roxa. O número 40 relembra os quarenta dias em que Jesus permaneceu em jejum no deserto (Mt 24, 22), este número também relembra outros momentos do povo de Deus, como os 40 dias de dilúvio em que Noé permaneceu na Arca (Gn 7, 17), os 40 anos de peregrinação do povo de Deus pelo deserto (Dt 8, 2) e também os 40 dias e 40 noites que Moisés permaneceu no monte Sinai (Ex 24, 18).
Jesus durante seus 40 dias de jejum no deserto, deixou-se tentar por satanás (Mt 4, 1-11), mostra-nos assim, que ninguém poderá vencer as provações e tribulações sem combater, e que ninguém poderá combater, sem ser provado e tentado.
Por isso, a Igreja chama a quaresma de tempo favorável, tempo de conversão, tempo de reflexão, trata-se do cominho para a páscoa, que é o nosso ponto de chegada, é lá que queremos chegar, na ressurreição.
Você também quer ressuscitar com Jesus Cristo? Quer ser um jovem novo? Sem aqueles vícios e hábitos que não vão de encontro a vontade de Deus?
Então precisamos passar pela quaresma, pelo deserto numa reflexão sobre a nossa vida, nossos atos e ações. Este é o tempo favorável de aproximar o nosso coração ao coração de Deus por meio das práticas que a Igreja nos ensina.
Como viver esta quaresma?
A Igreja nos ensina as práticas penitenciais da quaresma que irão nos fazer refletir e nos fortalecer pelo caminho do deserto.

- JEJUM: por meio da prática do jejum aprendemos a desviar o olhar do nosso “EU”, pois como diz nosso amado Papa Bento XVI “Como compreender a vontade de Deus se o coração está cheio de si e dos próprios projetos?”. Todos podem praticar o jejum, pois a Igreja nos oferece diferentes modalidades de jejum, cabe a cada um de nós verificar aquela que neste momento nos é apropriada. Para verificar as práticas de Jejum segundo o Monsenhor Jonas Abib acesse:
http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?id=&e=3781

- ORAÇÃO: este é o tempo que precisamos dialogar com Deus, numa comunhão íntima com Ele, uma das formas é pela leitura orante da palavra, um momento de escuta e praticar nossa oração. Por meio, desta prática, deixar-se transformar pela ação do Espírito Santo, libertando-se do egoísmo, do domínio sobre os outros, dos julgamentos e más práticas, para poder assim sentir o amor de Deus, e refletir este amor aqueles que mais precisam.

- CARIDADE: é o momento de praticar a caridade com os mais próximos, aqueles que estão em nossas casas, nossa família, nossos vizinhos, pois como diz Santo Agostinho “a esmola só será autêntica se a ajuda material estiver unida ao PERDÃO”. Perdão aos mais próximos, aos que amamos, aos que nos ofenderam, aos que estão afastados de nós. Caridade também é olhar para o tema da campanha da fraternidade e se questionar: o que estou fazendo para respeitar a mãe natureza?

- CONFISSÃO: é o ato de, por meio de uma revisão de vida conforme os Mandamentos de Deus questionar-se: em quê ofendi a Deus? E assim, arrepender-se dos pecados, daquilo que praticamos que não está fazendo Deus sorrir. É abrir nosso coração para Deus e esvaziar-se, na luta pela santidade!

Enfim, Quaresma é tempo de reconhecermos que somos fracos e de nos aproximarmos do trono da graça, buscando incessantemente a nossa conversão, pois cristão convertido é cristão em processo de conversão. Um processo diário que exige de nós ações concretas, assim como Pedro que para andar sobre as águas precisou dar o primeiro passo, nós também, não deixemos para depois, vamos dar o primeiro passo nesta quaresma para que Deus possa nos fazer caminhar da escravidão para a libertação.
Oremos juntos: a oração do Papa Paulo VI, indicada para o retiro popular desta quaresma
“Ó Espírito Santo, dai-me um coração grande aberto a vossa silenciosa e forte palavra inspiradora, fechado a todas as ambições mesquinhas, alheio a qualquer desprezível competição humana, compenetrado do sentido da Santa Igreja. Um coração grande, desejoso de se tornar semelhante ao coração do Senhor Jesus! Um coração grande e forte, para superar todas as provações, todo o tédio, todo o cansaço, toda a desilusão, toda a ofensa. Um coração grande e forte, constante até o sacrifício, se for necessário. Um coração cuja felicidade está em palpitar com o coração de Cristo e cumprir humilde, fiel e firmemente a vontade do Pai. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, amém.” (Oração do Papa Paulo VI –indicada para o retiro popular – Canção Nova)

--- Jucélia F. Pires - Coordendora do Grupo de Oração Jovem Filhos de Rei

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